Houve quem, na oposição, comemorasse a eleição do deputado Arnaldo Melo (PMDB) para o cargo de presidente da Assembléia Legislativa.
Sem sentido.
Se há um grande derrotado em todo o processo que culminou com a derrocada de Ricardo Murad (PMDB) do posto de virtual-presidente e a assunção do Bloquinho ao status de Blocão, este foi o grupo oposicionista.
Senão, vejamos: a Mesa Diretora é formada majoritariamente por governistas, desde o seu presidente, passando por secretários e vice-presidentes. Dos nove, apenas dois deputados de oposição foram eleitos.
Um deles é o tucano Neto Evangelista, cujo partido aderiu ao Bloco de União Democrática, declaradamente de apoio ao governo.
No meio do embate entre Blocão e ex-Bloquinho, a bancada do PDT na Casa também aliou-se ao Palácio dos Leões. Graça Paz, Vianey Bringel, inclusive, compuseram a chapa encabeçada pelo deputado Manoel Ribeiro (PTB).
Restaram na oposição Marcelo Tavares (PSB), Rubens Pereira Jr. (PC do B), Luciano Leitoa (PSB), Eliziane Gama (PPS) e Cleide Coutinho (PSB).
São cinco, contra 37 parlamentares claramente governistas.
Não fossem as articulações para garantir a coesão do Bloco de União Democrática, a oposição teria, no mínimo, 9 membros, divididos em dois blocos – com a possibilidade de ainda atrair o PSDB.
Para quem poderia ficar com 12 e terminou o processo com apenas 5 membros…
Quem saiu perdendo?